A diversidade das respostas sociais para as crianças e jovens em risco privadas de um meio familiar e biológico procura novas soluções como alternativa à institucionalização.
Diferente de adoptar uma criança ou de ser família de acolhimento, a figura do padrinho surge agora como mais uma oportunidade para as crianças que não foram encaminhadas para adopção. A diferença mais relevante entre a adopção e o apadrinhamento civil é que a primeira “faz cessar a vinculação biológica e jurídica com os progenitores, sendo o filho adoptado em tudo equiparado ao biológico” Já o segundo “mantém a filiação biológica do jovem e fomenta a cooperação e o relacionamento do apadrinhado com os pais”.
As famílias de acolhimento estão sinalizadas como tendo baixos rendimentos económicos, fraca escolaridade e profissões pouco qualificadas. A formação para receber em casa menores retirados aos pais é quase inexistente.
O Plano de intervenção nas IPSS's designado por DOM desafios, oportunidades, mudanças -, tem como objectivo a desinstitucionalização das crianças e jovens em risco e por finalidade a requalificação das instituições. Do modelo de acolhimento com boas práticas e de um projecto educativo com a matriz de cada instituição, pretende-se agora a transição para um modelo terapêutico.
O 3º CONGRESSO sobre crianças e jovens em risco do Instituto Profissional do Terço traz para a agenda social, educativa e jurídica a reflexão sobre as medidas educativas mais convenientes aos superiores interesses das crianças e jovens privados de um meio familiar e biológico e questiona o papel futuro das instituições de solidariedade social. Parece-nos assim justificar-se, em nosso entender, a temática adoptada para este 3º Congresso - “O DOM DO PRESENTE, AS IPSS's DO FUTURO”.
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